versão comentada
Contribuição para o enquadramento histórico da luta de libertação nacional da Guiné-Bissau e de Cabo Verde
“(…) O livro que temos hoje aqui à frente Uma Luta, Um Partido, dois Países, referindo-se à Guiné-Bissau e Cabo Verde, é, antes de mais, um livro da história contemporânea de Portugal. É um livro que não se limita a contar-nos a história recente da descolonização, e uma das partes mais interessantes da obra é exactamente aquela em que, com a colaboração duma plêiade de notáveis investigadores das ciências sociais de Cabo Verde e não sei se da Guiné, o autor se abalança a fazer uma retrospectiva do nascimento da ideia primeiro protonacional e depois nacional tanto na Guiné como em Cabo Verde. A primeira parte da obra acompanha em paralelo, na Guiné e em Cabo Verde, o nascimento do sentimento nacional, dando-nos uma retrospectiva desse lento surgir de uma identidade nacional nas duas nações, praticamente desde o século XVI até aos nossos dias, aprofundando bastante o problema do nascimento da identidade do protonacionalismo no século XIX. Numa segunda parte, também em paralelo, o livro descreve todo o processo da luta de libertação nacional surgido já na época da descolonização, quando os ventos da independência chegam à África tendo como intérprete o PAIGC, pelo que é muito complexo o labor de discussão da construção da unidade do movimento de libertação nacional levado a cabo pelo indiscutível génio político de Amílcar Cabral, a partir de Conacri, o qual é narrado com singular clareza neste livro (…)” Fernando Rosas
ARISTIDES PEREIRA nasceu na ilha da Boa Vista, em 1923. Aos 25 anos, viaja para a Guiné-Bissau, onde trabalha como técnico radiotelegrafista. Aí adere a todos os movimentos de contestação à dominação portuguesa. Em 1956, funda, em Bissau, com Amílcar Cabral e outros revolucionários guineenses e cabo-verdianos, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde. Quatro anos depois, parte para Conacri, onde se junta a Cabral como membro da direcção do PAIGC (Bureau Político e Comité Central). Ocupa o cargo de secretário-geral adjunto do PAIGC desde 1964 até ao assassínio de Amílcar Cabral. No II Congresso do PAIGC, em 1973, é eleito secretário-geral. Com a independência, em 1975, é eleito Presidente da República de Cabo Verde, sendo reeleito em 1981 e 1986. Em 1981, é nomeado secretário-geral pelo I Congresso do PAICV, sendo, em 1983 e 1986, reconduzido ao cargo pelos II e III Congressos.
O papel de Aristides Pereira na luta independentista e a sua carreira política foram apreciados por vários países: a República da Guiné distingue-o com a medalha de Fidelidade ao Povo (1º grau); a Guiné-Bissau, com a medalha da Ordem Amílcar Cabral (1º grau); o Senegal, com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Leão; a Juguslávia, com a medalha da Ordem da Grande Estrela; Moçambique, com a medalha da Ordem Eduardo Mondlane (1º grau); Portugal, com o grande colar da Ordem Militar de Sant’iago da Espada e o grande colar da Ordem do Infante D. Henrique; o Brasil, com o grande colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul; Cuba, com a medalha da Ordem José Marti; Angola, com a medalha da Ordem Agostinho Neto; e Cabo Verde, com a medalha da Ordem Amílcar Cabral (1º grau). É também doutor honoris causa pelas Faculdades de Direito das Universidades de Rhode Island (Providence, EUA), Sacred Heart, de Bridgeport (Connecticut, EUA), Usmanu Danfodyo (Sokoto, Nigéria) e pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal).
Autor: Aristides Pereira e Equipa de investigadores e historiadores no âmbito do Projecto SPHAC (Salvaguarda do Património Histórico da África Contemporânea)
Capa: Leão Lopes
Editor: Notícias Editorial
Ano de edição: 2003
ISBN: 972-461-422-0
Patrocínios: UNESCO; PALOP; Nigéria, Senegal, Mali, Congo-Brazzaville;Presidente Nelson Mandela; Funfação Portuga-África; Fundação Mário Soares; Fundação Calouste Gulbenkian
“(…) O livro que temos hoje aqui à frente Uma Luta, Um Partido, dois Países, referindo-se à Guiné-Bissau e Cabo Verde, é, antes de mais, um livro da história contemporânea de Portugal. É um livro que não se limita a contar-nos a história recente da descolonização, e uma das partes mais interessantes da obra é exactamente aquela em que, com a colaboração duma plêiade de notáveis investigadores das ciências sociais de Cabo Verde e não sei se da Guiné, o autor se abalança a fazer uma retrospectiva do nascimento da ideia primeiro protonacional e depois nacional tanto na Guiné como em Cabo Verde. A primeira parte da obra acompanha em paralelo, na Guiné e em Cabo Verde, o nascimento do sentimento nacional, dando-nos uma retrospectiva desse lento surgir de uma identidade nacional nas duas nações, praticamente desde o século XVI até aos nossos dias, aprofundando bastante o problema do nascimento da identidade do protonacionalismo no século XIX. Numa segunda parte, também em paralelo, o livro descreve todo o processo da luta de libertação nacional surgido já na época da descolonização, quando os ventos da independência chegam à África tendo como intérprete o PAIGC, pelo que é muito complexo o labor de discussão da construção da unidade do movimento de libertação nacional levado a cabo pelo indiscutível génio político de Amílcar Cabral, a partir de Conacri, o qual é narrado com singular clareza neste livro (…)” Fernando Rosas
ARISTIDES PEREIRA nasceu na ilha da Boa Vista, em 1923. Aos 25 anos, viaja para a Guiné-Bissau, onde trabalha como técnico radiotelegrafista. Aí adere a todos os movimentos de contestação à dominação portuguesa. Em 1956, funda, em Bissau, com Amílcar Cabral e outros revolucionários guineenses e cabo-verdianos, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde. Quatro anos depois, parte para Conacri, onde se junta a Cabral como membro da direcção do PAIGC (Bureau Político e Comité Central). Ocupa o cargo de secretário-geral adjunto do PAIGC desde 1964 até ao assassínio de Amílcar Cabral. No II Congresso do PAIGC, em 1973, é eleito secretário-geral. Com a independência, em 1975, é eleito Presidente da República de Cabo Verde, sendo reeleito em 1981 e 1986. Em 1981, é nomeado secretário-geral pelo I Congresso do PAICV, sendo, em 1983 e 1986, reconduzido ao cargo pelos II e III Congressos.
O papel de Aristides Pereira na luta independentista e a sua carreira política foram apreciados por vários países: a República da Guiné distingue-o com a medalha de Fidelidade ao Povo (1º grau); a Guiné-Bissau, com a medalha da Ordem Amílcar Cabral (1º grau); o Senegal, com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Leão; a Juguslávia, com a medalha da Ordem da Grande Estrela; Moçambique, com a medalha da Ordem Eduardo Mondlane (1º grau); Portugal, com o grande colar da Ordem Militar de Sant’iago da Espada e o grande colar da Ordem do Infante D. Henrique; o Brasil, com o grande colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul; Cuba, com a medalha da Ordem José Marti; Angola, com a medalha da Ordem Agostinho Neto; e Cabo Verde, com a medalha da Ordem Amílcar Cabral (1º grau). É também doutor honoris causa pelas Faculdades de Direito das Universidades de Rhode Island (Providence, EUA), Sacred Heart, de Bridgeport (Connecticut, EUA), Usmanu Danfodyo (Sokoto, Nigéria) e pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal).
Autor: Aristides Pereira e Equipa de investigadores e historiadores no âmbito do Projecto SPHAC (Salvaguarda do Património Histórico da África Contemporânea)
Capa: Leão Lopes
Editor: Notícias Editorial
Ano de edição: 2003
ISBN: 972-461-422-0
Patrocínios: UNESCO; PALOP; Nigéria, Senegal, Mali, Congo-Brazzaville;Presidente Nelson Mandela; Funfação Portuga-África; Fundação Mário Soares; Fundação Calouste Gulbenkian
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