O NOVÍSSIMO TESTAMENTO


E se Jesus ressuscitasse mulher

No tempo em que os Portugueses imperavam sobre o arquipélago de Cabo Verde, aconteceu num domingo de Páscoa, na minúscula freguesia do Lém, estar a morrer a mulher mais beata que a ilha de Santiago conhecera. Interpelando-a as netas sobre a sua última vontade, não quis ela, como seria de esperar, chamar o padre, respondendo em vez disso que gostaria de ser fotografada. Porém, assim que o flash disparou, um mistério inexplicável varreu a ilha de lés a lés; e, quando, ao fim de muitas peripécias, a fotografia foi finalmente revelada, a surpresa foi tão impossível que não houve, no mundo inteiro, uma só alma que conseguisse manter a boca fechada. A ilha quase ia ao fundo com a confusão… Se o Antigo Testamento anuncia a vinda do Messias e o Novo Testamento narra a vida, a morte e a ressurreição de Jesus, este Novíssimo Testamento é uma autêntica revolução: pois dá testemunho da reencarnação de Jesus no corpo de uma mulher – ilhéu e africana – que parece ter vindo inaugurar a Terceira Idade do Mundo mas não está livre de enfrentar os preconceitos sociais, religiosos e políticos do seu tempo.

Autor: Mário Lúcio Sousa

Editor: Dom Quixote
Colecção: Autores Língua Portuguesa
Ano de edição: 2010

UMA VONTADE DE SER CABO VERDE


“Uma Vontade de ser Cabo Verde”, o título da obra do antigo presidente da Câmara da Praia, é prefaciado por Júlio Correia, primeiro vice presidente da Assembleia Nacional e contém ainda uma nota introdutória de Aristides Pereira, primeiro Presidente da República de Cabo Verde.

O livro integra textos já conhecidos e outros inéditos, para além de um álbum fotográfico “que ilustra, não só a intensa infraestruturação do Desenvolvimento a pular nas ilhas, mas também o capital relacional, político, social e cultural do próprio Felisberto Viera”, refere a nota distribuída pela editora Letras Várias, responsável pela publicação.

“A vontade de cada vez mais afirmar Cabo Verde” resume deste modo o percurso político e pessoal do ex-presidente da Câmara Municipal da Praia e da Associação dos Municípios de Santiago, definido como “figura incontornável da contemporaneidade política de Cabo Verde”.

Actualmente, Felisberto Vieira é presidente da comissão política de Santiago Sul (a maior região política de Cabo Verde) do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) e é conselheiro político do primeiro-ministro José Maria Neves.

Autor: Felisberto Vieira (Filú)

Editor: Letras Várias
Ano de edição: 2010

MEMÓRIA SOBRE CABO VERDE DO GOVERNADOR JOAQUIM PEREIRA MARINHO & OUTROS TEXTOS


Prémio Sena Barcelos 2008

Partindo de um manuscrito intitulado “Projecto para se fazer em Cabo Verde na Ilha de S. Vicente a nova Cidade, chamada Mindelo, (…)”, na posse do autor há cerca de 25 anos, aos quais associou outros a este directa ou indirectamente ligados procurou o historiador/diplomata Daniel Pereira resgatar a governação e o pensamento do Brigadeiro Joaquim Pereira Marinho, que esteve à frente dos destinos de Cabo Verde por duas vezes, em momentos de muita perturbação e instabilidade política, como foi o início do séc. XIX, analisando igualmente a actualidade de muitas questões aí suscitadas.

Sobre a obra afirma na nota introdutória a Prof. Selma Pantoja, Professora da UnB, especialista em História africana: “No âmbito da prática historiográfica efectiva, que compreende a relação do historiador com a documentação, o ponto de vista é sempre selectivo e essa escolha nos faz eleger algum lugar como ponto de partida. O “lugar” de escolha diz quem somos e a que viemos. Este é o caso do historiador Daniel Pereira que, com os pés fincados em Cabo Verde, a sua terra natal, optou por um conjunto documental do século XIX como instrumento de reflexão e como base para a escrita do presente livro. O objecto de estudo, no entanto, tem amplo escopo, pois percorre vários temas e move-se do político ao económico passando pelo social e administrativo.

Autor: Daniel A. Pereira

Editor: Instituto Camões – CCP, Praia; Ass. dos Escritores Cabo-verdianos
Ano de edição: 2010

AS AVENTURAS DE NHU LOBO - VOLUME II


TRABESURAS DI NHU LOBU, VULUMI II

TEATRO


Autor: Armindo Martins Tavares

Editor: autor
Ano de edição: 2009

(fonte: http://armindo.planetaclix.pt/principal.htm)

AS AVENTURAS DE NHU LOBO


TEATRO

Autor: Armindo Martins Tavares

Editor: autor
Ano de edição: 2008

(fonte: http://armindo.planetaclix.pt/principal.htm)

PASSADORES DE PAU


ARSÉNIO DANIEL FERMINO DE PINA; Pediatra e Médico de Saúde Pública, aposentado dos Serviços de Saúde de Cabo Verde e da OMS.

Livros publicados, além de manuais e outros textos da sua especialidade: Uli-me li!; Fi d’cadon; Você Falou em Economia de Bazar?; Mania de Pensar;”O cérebro, esse Órgão Perigoso”; Coisas do Djunga!...; Quel Canapê de Tr3s Pê; Reflexões e Factos Diversos.

Autor: Arsénio de Pina

Editor: autor
Ano de edição: 2010

SIDA: A DOENÇA DOS OUTROS


Com a primeira edição em português esgotada, a segunda no prelo e já traduzido para o inglês e o francês pela Liga Africana Contra a SIDA, o livro SIDA - Doença dos Outros, do psicólogo Jacob Vicente vai ser comercializado nos 16 países que integram a instituição. Trata-se do primeiro livro a retratar o que é viver com o HIV em Cabo Verde.

Quer seja o emigrante reformado, a jovem universitária ou a prostituta Sandra, todas as histórias de SIDA - Doenças dos Outros têm em comum o fato dos personagens terem sido infectados pela via sexual.

Segundo Vicente, mesmo que 90 por cento das transmissões em Cabo Verde sejam por via sexual, os entrevistados “nunca pensaram que a doença chegasse a até eles”. Um dos propósitos do livro, segundo Vicente, é mostrar à sociedade que a SIDA é uma doença sem rosto, que pode atingir qualquer um, seja de que classe social for. “Escolhi este título porque quando você lê o livro percebe que afinal não, a SIDA não é a doença dos outros, pode ser a doença de todos nós. Todos estamos sujeitos aos mesmos riscos, e por isso é importante [adoptar] medidas de prevenção.”

SIDA - a Doença dos Outros é voltado principalmente para os alunos do ensino secundário e por isso, o livro foi escrito de uma forma simples para que o leitor possa entrar na conversa e conhecer a realidade desta gente.

“Tentei trazer a realidade do HIV com entrevistas a estudantes universitários seropositivos, homossexuais, toxicodependentes, profissionais do sexo, pessoas que ocupam lugar de destaque na sociedade”, disse Vicente.

Autor: Jacob Vicente

Ano de edição: 2009

A MORTE DO OUVIDOR


A 28 de Fevereiro de 1764 é preso em Santiago, Cabo Verde, o coronel António de Barros Bezerra de Oliveira, e com ele nove cúmplices, acusados de terem assassinado o ouvidor João Vieira de Andrade. Transportados para Lisboa, são julgados e condenados à morte, e enforcados no Rossio. As cabeças são cortadas e enviadas para Santiago, para serem espetadas em paus e exibidas em público. A Morte do Ouvidor é um romance histórico que se centra neste acontecimento e que o relata em todos os pormenores, dando um quadro muito vivo da vida na colónia de Cabo Verde no tempo do Marquês de Pombal.

GERMANO ALMEIDA é o mais importante escritor cabo-verdiano vivo. Dele a Caminho publicou vários romances.

Autor: Germano Almeida

Editor: Editorial Caminho
Colecção: “Outras Margens”
Ano de edição: 2010

VIDA CRIOULA


Toninho, o pinga-amor com «manias do mar», só «quadra para meninas», segundo reza a sua acusação. Mas o poeta volve vontade progressista adentro dum povo insular e orgulhoso, que na sua submissão às forças indomáveis da natureza e ao jugo classista prefere arrostar com as vagas e lavrar a terra com os próprios pés. A engenharia providente precisa de homens ao leme. Toninho, sentindo o apelo congénito do cabo-verdiano pela abalada, lá parte para as Américas, não sem antes verberar por uma maior união com vista ao bem comum, que depois se revelará frutífera. Este livro, mais do que um romance, configura um tratado etnográfico da condição cabo-verdiana, terra de morna, coqueiros, canaviais, banana, mandioca, cachupa, grogue, de corpos descobertos, riquezas pátrias que enfunam o peito do autóctone e lhe inculcam um arraigado sentimento telúrico.

Natural da ilha de Santo Antão, de Cabo Verde, TEOBALDO VIRGÍNIO Nobre de Melo nasceu em 21 de Maio de 1924. Aposentado, vive há anos com a família nos Estados Unidos da América do Norte, mas o rol das suas profissões inclui a de pastor evangélico, poeta, ficcionista, director da revista Arquipélago (EUA) e colaborador em outros órgãos de imprensa como Presença Crioula, Morabeza, Revue Noire, Notícias do Imbondeiro (Angola) e Coluna do Norte (Brasil).
De temática cabo-verdiana, a sua fonte perene, já publicou, em prosa e verso, doze volumes, dos quais os dois últimos saíram agora em Março de 2010: Folhas da Vida – poesia; Gaudêncio, o Filho Errante – prosa. Convidado pela Câmara Municipal da Ribeira Grande, na qualidade de filho da Vila da Ponta do Sol, para as festividades do Dia do Município/2010, recebeu das mãos do seu presidente – Engenheiro Orlando R. Delgado – a Placa Comemorativa do Evento com que foi distinguido.

Autor: Teobaldo Virgínio

Editor: Nova Vega
Colecção: Palavra Africana
Ano de edição: 2010

(fonte: Nova Vega)

7 VOZES


Léxico coloquial do português luso-afro-brasileiro : aproximações

A língua é um elemento vivo que contém as cores e os sentimentos, individuais e colectivos, de quem fala e dos seus valores, costumes e crenças bem como da sua situação geográfica, social e histórica. Podemos constatar que não há realidades nacionais idênticas, e sim semelhantes; portanto, não devemos e não podemos impor a uma nação que ela se revele a outra - que comunga da mesma língua - de forma superior ou distanciada. O ideal e o que tem de ser feito é congregar essa multiplicidade como fonte de Riqueza e Unidade.
A língua portuguesa, levada pelas gentes das Descobertas e Expansão Marítima para as distantes terras da África, Ásia, Américas e Oceânia, acabou sendo utilizada e, em determinados contextos, adoptada por uma significativa parcela das populações. Claro está que um idioma, quando introduzido numa realidade diversa, passa por muitas transformações inerentes ao próprio intercâmbio entre as várias culturas envolvidas.
Actualmente, tornam-se ainda mais evidentes as mudanças, mercê de um maior diálogo entre os Sete: Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Podemos constatar inúmeros vocábulos que, outrora estranhos, se foram introduzindo nas nossa fala, enriquecendo-a. O livro «7 Vozes» é uma primeira aproximação às diferenças do português coloquial, tal como se usa nos meios urbanos, dos sete países que o utilizam como língua mãe ou veicular - apresenta-se como o princípio possível e efectivo de um intercâmbio vasto, pleno de conteúdo e vigor, dentro de espaços geográficos com realidades diversas. Assim, o objectivo deste trabalho é dar a conhecer as metamorfoses da língua portuguesa, que fluem ao sabor dos ventos e das histórias, e dar a conhecer a riqueza vocabular, expressão das culturas dos Sete, bem como alargar o número de falantes. Para todos nós, é o horizonte de uma ampla geografia: um património a proteger e fortalecer.

Autores: Clenir Louceiro, Emília Ferreira, Elizabeth Ceita Vera Cruz.

Editor: Lidel
Ano de edição: 1997
Patrocínio: Instituto Camões

(fonte: WOOK - Livros )

TRILOGIA / TRILOJIÂ


Perdão, Emília / Perdon Imília
Fonseca de Nha Susana / Fonseka Nha Suzana
Manduco Vivo / Manduku Bidu

TEATRO

Autor: Armindo Martins Tavares

Editor: autor
Ano de edição: 2010

(fonte: http://armindo.planetaclix.pt/principal.htm)

ILHÉU DE CONTENDA


Quanto às terras da banda de cá, Ilhéu de Contenda valia sobretudo pela casa, um sobrado tradicional. Sobrado que sobrou dos sobrados, orgulho-ilusão duma classe que o tempo destroçou. A história de gente para quem a vida era uma incerteza permanente: ora a falta de chuva, ora o bicho preto, o gafanhoto, o vento leste, ou outra coisa qualquer que surgia, destruindo as esperanças de uma no. Gente que não ia ficar amarrada toda a vida àquele meio sem horizontes. Um grande e belo romance sobre Cabo-Verde, do mesmo autor de Contra Mar e Vento.

Autor: Teixeira de Sousa

Editor: Europa-América
Ano de edição: 1983

QUANDO EU FOR GRANDE...


Peripécias em Cabo Verde

O João, a Jéssica, a Erica e os restantes elementos do grupo dos 16 reúnem-se durante as férias de Verão, quase diariamente, na Biblioteca Piteira Santos do Casal da Boba. A avó Dédé conta-lhes uma estória maravilhosa de Cabo Verde, mas essa estória tem uma mensagem, que eles vão ter de decifrar. O João tem de partir subitamente para Cabo Verde, com a avó Dédé. Um homem misterioso persegue-os desde Lisboa até às ilhas de Santiago e de S. Vicente. Cá e lá, as crianças vivem peripécias divertidas que as levam à solução de vários mistérios. Mas deparam-se com situações complicadas que as fazem pensar! Junta-te a eles na solução de todos os desafios!

Autora: Evelinda Ferreira

Editor: Editora Guerra & Paz
Ano de edição: 2010

CARLOS VEIGA – BIOGRAFIA POLÍTICA


O Rosto da Mudança em Cabo Verde

Começando por uma breve introdução à história de Cabo Verde, desde a descoberta aos movimentos autonomistas já no século XIX, até á luta do PAIGC e à independência, Carlos Veiga: Biografia Política traça depois o perfil do regime de partido único que vigorou durante quinze anos neste país, e relata a mudança liderada por Carlos Veiga e pelo seu Movimento para a Democracia.

Atraído para a política pelas arbitrariedades do Estado Novo, Carlos Veiga teria depois um importante papel na deposição pacífica do regime de pendor totalitário do PAIGC, que impôs um modelo político falhado a Cabo verde, assente no controlo estatal da economia e no cercear das liberdades do país.

Criador do MpD - que, na esteira da queda do Muro de Berlim, conseguiu romper com o sistema de partido único e, Cabo Verde -, Carlos Veiga seria o primeiro chefe de governo escolhido em eleições multipartidárias, exercendo o cargo de primeiro-ministro entre 1991 e 2000.

Depois do desenvolvimento que imprimiu aos destinos de Cabo Verde, e consciente da necessidade de renovação em democracia, deixou o cargo para se candidatar à Presidência da República, com o que pretendia consolidar o regime constitucional de que foi mentor.
No entanto, viria a perder as eleições presidenciais por uns escassos 17 votos - naquilo que se viria a demonstrar em tribunal ter sido um resultado fraudulento.

Excerto
«Num continente que nem sempre é sinónimo de democracia, num pequena país sempre sujeito às flutuações do sistema internacional, a mudança rumo a uma maior consagração da democracia é sempre uma tarefa árdua, faseada, prolongada, mas de sentido único. Em Cabo Verde, a mudança para a liberdade e para a democracia têm um rosto – Carlos Veiga.»

Autor: Nuno Manalvo

Editor: Aletheia
Ano de edição: 2009

CIDADE DO MAIS ANTIGO NOME


Cidade do Mais Antigo Nome é um livro de poesia de José Luiz Tavares, com fotografias de Duarte Belo, em torno da Cidade Velha, na Ilha de Santiago em Cabo Verde. Outrora um porto florescente, pela sua localização preponderante no comércio esclavagista dos séculos XV a XVII, a Cidade Velha é um testemunho histórico de uma época, classificada como Património Cultural da Humanidade e considerada uma das 7 maravilhas portuguesas no mundo. «Depois do esplendor ficou-te o caído nome, uma onomástica gravada em quebradas lajes, a inocência com que o tempo segrega o mais incicatrizável lanho. […]» José Luiz Tavares «Portugueses fixaram-se na foz de um vale profundo e único. Fundaram um lugar e uma batalha como devir. Hoje a Cidade Velha debate-se com uma série de desafios. Entre as ruínas de um esplendor longínquo, há recusa da devolução a uma condição primordial. Sonha-se como reerguer de uma arquitetura maior, coma recuperação do espaço e da sua antiga dignidade, de que agora encontramos vestígios diversos. Este é o projecto que nos propõe a grande parede negra no fim da ribeira grande. É o local onde acaba a natureza, e começa o desenho da cidade, o território dos humanos. Numa ilha atlântica, seca e árida, na foz de uma ribeira, na ausência de uma nuvem, reencontramos o primeiro lugar de Cabo Verde.»

Autor: José Luís Tavares / Duarte Belo – Fotografia

Editor: Assírio & Alvim
Ano de edição: 2010

ENTRE DUAS BANDEIRAS


Entre a bandeira portuguesa e a afirmação da independência. De 25 de Abril de 1974 à independência política de Cabo Verde, em 5 de Julho de 1975. Obra de ficção que nos dá o retrato histórico das convulsões sociais, próprias de uma época não muito distante. Premiado internacionalmente, Teixeira de Sousa, não podia deixar de falar num tema querido como a independência do seu país natal.

Autor: Teixeira de Sousa

Editor: Europa-América
Colecção: Século XX
Ano de edição: 1994

MARIANINHA


A obra Marianinha foi galardoada com o Prémio Literatura Infanto-Juvenil, 2008, um concurso promovido pelo Instituto Camões Centro Cultural Português na Praia, também responsável pela edição da obra.
Este é o primeiro trabalho publicado de Giselle Neves da Silva, natural de S. Vicente, que actualmente estuda Farmácia na Universidade Federal de Ouro Preto no Brasil.
O livro é ilustrado pelo artista plástico Tchalê Figueira.

Autora: Giselle Neves
Ilustrador: Tchalê Figueira

Editor: Instituto Camões – CPP Praia
Ano de edição: 2010

(fonte: Instituto Camões)

LISBON BLUES


A Escrituras Editora, dentro da Colecção Ponte Velha, edição apoiada pelo Ministério da Cultura de Portugal e pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB), publica Lisbon Blues, de José Luiz Tavares, organizado por Floriano Martins e ilustrações de Fernando Pacheco.

Este livro reúne dois títulos de José Luiz Tavares e o posfácio apresenta ensaio de José Luís Hopffer C. Almada (Cabo Verde, 1960), poeta e editor, já com destacada presença no meio editorial de seu país.

No poeta José Luiz Tavares, como em poucos poetas contemporâneos de língua portuguesa, é flagrante a irrupção de novos paradigmas mediante o primacial recurso à reinvenção da linguagem.

O já relativamente longo percurso literário de Tavares tem o seu ponto de partida no Liceu Domingos Ramos da Praia, onde co-fundou e dirigiu a folha juvenil Aurora (de iniciação às lides literárias), no já longínquo ano de 1987. Então “aprendiz de poeta e de ficcionista”, embebido de insaciável curiosidade intelectual e em pleno processo de maturação criativa, Tavares foi frequentador regular das tertúlias literárias que, por essa altura, pululavam entre os jovens revelados dos anos oitenta na cidade da Praia.

Apaixonado cultor de poesia, insaciável na busca do novo na linguagem e na perscrutação do insondável para além do real quotidiano, municiado com os conhecimentos da técnica do verso, da tradição poética e da poesia contemporânea lusógrafas, da teoria da literatura e da filosofia que a formação universitária e um trabalho quotidiano, persistente, as leituras, múltiplas e transpirantes, José Luiz Tavares propôs-se ser um partícipe activo e fecundo na invenção de um dizer novo, não só na poesia cabo-verdiana, como também em toda a poesia de língua portuguesa.

JOSÉ LUIZ TAVARES nasceu em Cabo Verde, em 10 de Junho de 1967, mas reside em Portugal, onde estudou Literatura e Filosofia e onde escreve poesia. Com o livro Paraíso Apagado por um Trovão conquistou o prestigiado Prémio Mário António – poesia 2004, da Fundação Calouste Gulbenkian, juntamente com a poeta angolana Ana Tavares. Tendo como grande referência o brasileiro João Cabral de Melo Neto, um dos grandes poetas da Língua Portuguesa, José Luís Tavares confessa que trata a escrita com o rigor matemático, como uma arte cujo produto acabado depende de apetrechos técnicos. "Não se trata apenas de inspiração, sonho ou do estado de espírito, mas também de habilidades que se desenvolve com a prática", frisa o poeta comparando a arte da escrita com a arte de pintar ou de esculpir. "As palavras são meus instrumentos de trabalho para pintar ou esculpir o meu pensamento através de parâmetros técnicos, com recurso à teoria e à metodologia", sublinhou.

A Colecção Ponte Velha foi criada por Carlos Nejar (Brasil), poeta, ficcionista, crítico e membro da Academia Brasileira de Letras, e pelo poeta António Osório (Portugal).

Autor: José Luiz Tavares

Editor: Escrituras Editora
Colecção: Ponte Velha
Ano de edição: 2009

(fonte: Escrituras editora)

PTOLOMEU E A SUA VIAGEM DE CIRCUM-NAVEGAÇÃO


Quem nasce num país em arquipélago tem como destino o mar. E, não enjeitando a sua origem, o cabo-verdiano viu no mar a sua porta para o sonho e a evasão, em busca dos recursos que a madrasta Natureza sempre lhe recusou. Voltando-se para o mar, torna-se marinheiro, aventureiro e emigrante. Ptolomeu Rodrigues, o herói desta novela, é também um aventureiro que celebra a epopeia secular do seu povo. Evadindo-se da sua ilha, S. Pedro, tal como Tchalê Figueira o fez da sua natal S. Vicente na verde juventude, ao longo da narrativa vamos encontrá-lo em muitos dos portos da geografia da emigração cabo-verdiana. É um conjunto de histórias e de aventuras que se encadeiam e que chegam até nós pelo registo de um atento narrador. Um percurso onde Ptolomeu, qual Corto Maltese, nos convida a segui-lo para vivermos também em "flash rewind" os seus desvarios sexuais, o encontro milagroso com os obreiros da independência de Cabo Verde, Amílcar Cabral e Pedro Pires, com os candongueiros e as revolucionárias do IRA e do País Basco, por terras da Holanda, Alemanha, Irlanda ou Rússia.

Autor: Tchalê Figueira
Prefácio: Germano de Almeida

Editor: Mar da Palavra, Edições
Colecção: Margens Lusófonas
Ano de edição: 2005

(fonte: Mar da Palavra - Edições, Lda.)

NOVA ÁGUIA


Revista de Cultura para o Século XXI

Criada em 2008, a revista “Nova Águia” dedica-se a temas da Cultura, Literatura e Filosofia, contando com o apoio da Associação Agostinho da Silva e da Associação Marânus/Teixeira de Pascoaes. Gerou em seu torno um movimento hoje já com expressão transnacional. Aos núcleos hoje existentes em Portugal, Brasil, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, Macau, Malaca e Galiza, vai a revista passar a circular e a incorporar uma componente de Cabo Verde, para o que indicou um conselheiro consultivo (Nuno Rebocho) e um núcleo local de apoio na Universidade Jean Piaget.

DE RABIDANTIBUS


Colectânea 1975- 2006
MANUEL DELGADO

Quando se completam dois anos do seu falecimento (20.12.2007) e 60 anos do seu nascimento (22.12.1949), Manuel Delgado tem os seus escritos jornalísticos publicados em livro.
São 411 textos, seis dos quais inéditos. Ao longo de 32 anos, desde as vésperas da independência, em 1975, até o seu derradeiro projecto, Paralelo 14, em meados da década de 2000, Manuel Delgado publicou em uma quinzena de títulos, em Cabo Verde e Portugal. São textos em forma de notícias, colunas, artigos de opinião, entrevistas e outros géneros jornalísticos. Retratam diferentes momentos de Cabo Verde, abordando temas que vão da política à cultura, da economia às relações internacionais. É a história recente do país que viu nascer, filtrada pela sua lente muito própria, tendo sempre o humor e a ironia como aliados.
Compilar estes escritos – algo que Manuel Delgado pensou fazer mas não concretizou – foi uma decisão tomada pela família pouco tempo após o seu falecimento, diante da insistente sugestão de amigos e leitores. Assim, um grupo de entusiastas reuniu-se à volta deste projecto que, dois anos depois, é apresentado ao público.
O título De Rabidantibus foi extraído de um texto publicado na revista Mujer, em 1984, em que o autor fala da sua admiração pelas rabidantes, pela sua força e empreendorismo, ao mesmo tempo em que troça daqueles que escrevem difícil para parecerem doutos: “Se pegarem na coisa, digam-nos das vossas conclusões em linguagem de gente, valeu?”

Dados sobre a obra:
Periódicos abrangidos/período da colaboração: Novo Jornal de Cabo Verde (1975), Unidade e Luta (1980/81), Mujer (1982/84), Voz di Povo (1983/87), Tribuna (1984/86), Notícias (1988), África (1988/89), África Hoje (1989), Expresso (1990-2001), A Semana (1991-2001), Público (1993), O Mundo em Português (1999-2000), Horizonte (1999-2005), Paralelo 14 (2002/06), O Cidadão (2002), Iniciativa (2005).

Organização: Gláucia Nogueira

Editor: António Pedro Delgado
Ano de edição: 2009
Patrocínios: Enapor, Presidência da República, Cabo Verde Telecom, TACV, Seguradora Impar, Caixa Económica de Cabo Verde, Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Electric e Halcyonair.

O FAZEDOR DE UTOPIAS


Uma Biografia de Amílcar Cabral

A história do homem que liderou a independência das colónias portuguesas e África

«Amílcar Cabral nasceu guineense e cabo-verdiano, numa generosidade pan-africanista que, paradoxalmente, haveria de ser a sua desgraça. Tenho para mim que foi uma das figuras mais interessantes do século XX, uma espécie melhorada (muito melhorada mesmo) de Che Guevara africano. O facto de o seu nome e de a sua obra dizerem hoje tão pouco às novas gerações de intelectuais africanos, e de ser praticamente desconhecido fora do continente, afigura-se-me uma enorme injustiça. Este livro tenta devolver ao grande público essa figura maior de África. Fá-lo numa linguagem jornalística, apoiada numa investigação rigorosa. O facto de o seu autor, António Tomás, ser angolano, não me parece irrelevante. Trata-se de dar a ver um pensador e combatente africano numa perspectiva africana. Algo que teria certamente agradado a Amílcar Cabral.» José Eduardo Agualusa

Os factos da vida de Amílcar Cabral são mais ou menos conhecidos: nasceu na Guiné, Bafatá, em 1924, de pais cabo-verdianos; estudou agronomia em Portugal e fundou o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), movimento na vanguarda das independências dos países africanos de expressão portuguesa. Morreu, em Janeiro de 1973, às mãos dos seus próprios homens, numa conspiração cujos contornos ainda não se conhecem na totalidade. Nesta biografia, a primeira de grande fôlego sobre um líder nacionalista africano, António Tomás não se limita a reconstituir a vida de Amílcar Cabral. Dá igualmente conta da época conturbada em que se desenrolou a gesta nacionalista africana. Numa linguagem simples e acessível, «O Fazedor de Utopias - Uma Biografia de Amílcar Cabral» é também uma reflexão lúcida e perspicaz sobre os movimentos de libertação, quando já se tornaram obsoletos os ideais que lhes deram fundamento.

Autor: António Tomás

Editor: Tinta da China Edições
Ano de edição: Outubro 2007

NO INFERNO


«[...] imaginei uma personagem enclausurada, anónima, ou quase anónima, e sem memória. Dei-lhe um enigma a deslindar - o da própria identidade - e um razoável acervo de livros pelos quais ele, despojado do resto, se reconheceu como possuidor de muitas leituras. [...] No que respeita ao autor - eu, neste caso -, consciente ou inconscientemente, pus-me a par da minha personagem, isto é, fui ficcionando aos saltos, marimbando na lógica e no encadeamento natural dos acontecimentos, umas vezes com base em ocorrências de natureza autobiográfica e outras vezes a partir de ideias e motivos tomados de empréstimo a uma vasta literatura pretérita. [...]» (A. V., in «Nota Prévia».)
Robinson - convencionalmente o nome da personagem - é de facto uma multiplicidade de personagens cujos nomes mudam ao sabor do escritor que Arménio Vieira «evoca». Robinson deambula pela literatura. Mas... que deambulação? Que literatura? Que ficção? Em que ilha se tornou náufrago? Terá cada extrapolação um significado, um simbolismo? Será que Robinson personagem-autor não nos mostra o reverso do mundo dito dos livros e nos conduz à não-literatura, ao não romance e ao desnudar das convenções literárias?

Autor: Arménio Vieira

Editor: Editorial Caminho

CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO EM CABO VERDE


Na tradição histórica da prática do desterro de presos políticos para os destinos insulares, encontramos o fundamento e a definição da ideia de ilha como espaço adequado para o banimento dos condenados. Mais do que dar continuidade ao desterro, o modelo repressivo do Estado Novo estrutura de forma metódica a prática da deportação política dos seus opositores, sob a lógica repressiva do desterro e prisão no local do mesmo. O presente trabalho traz-nos um mapeamento dos diferentes destinos de deportação e prisão política, centrado fundamentalmente nas ilhas onde ficaram celebrizadas a encenação e a materialização desta prática, desde as referências sobre a prisão para deportados políticos na ilha de São Nicolau (1931), até à imposição repressiva do Campo de Trabalho de Chão Bom (1961‑1974), na ilha de Santiago, na sequência da contestação anticolonial. Fortemente ancorado na descodificação dos diferentes momentos e discursos que legitimavam esta prática política, este estudo analisa a problemática do desterro e da prisão no local de desterro como um dos dispositivos da grande panóplia repressiva do Estado Novo.

Autor: Victor Barros

Editor: Imprensa da Universidade de Coimbra
Ano de edição: 2009

O UNIVERSO FEMININO EM ANTÓNIO AURÉLIO GONÇALVES


A obra mereceu a atribuição pelo júri, presido pelo Prof. Doutor Brito Semedo, do Prémio Sena Barcelos, criado pelo IC-CCP e pela Associação de Escritores Cabo-verdianos e que distingue anualmente um trabalho de investigação nas áreas da História e da Cultura Cabo-verdiana.
Desenvolvido no quadro da obtenção do grau de Mestre em Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o ensaio desenvolve aspectos em torno da moldura histórica de António Aurélio Gonçalves e do seu lugar estético, bem como o papel do feminino na sua obra, mergulhada na temática urbana do Mindelo. Conforme afirma o Prof. Doutor Alberto Carvalho no prefácio de que é autor, “Maria João Gama corta transversalmente as obras abrangidas pelas três fases de produção de A.A. Gonçalves, tendo por mais visível efeito uma abordagem que também vale pelo seu sentido pedagógico.”

MARIA JOÃO GAMA foi locutora e apresentadora da RTP Internacional, RTP África, RTP 1 e RTP 2, trabalhando em dezenas de programas informativos e recreativos. Efectuou ainda, regularmente, reportagens em países europeus, africanos e nos Estados Unidos da América onde foi agraciada pelo Senado do Estado de New Jersey pelo desenvolvido junto da comunidade portuguesa em Newark. Actualmente é autora e apresentadora de programas na RTP Memória.

Autora: Maria João Gama

Editor: IC – CCP Praia
Ano de edição: 2009

(fonte: Instituto Camões)

CABO VERDE - UM MUNDO A DESCOBRIR



As riquezas de Cabo Verde desvendadas em Livro por Nuno Augusto

A Fresco Produções, empresa portuguesa de meios audiovisuais, e o fotógrafo profissional Nuno Augusto, desenvolveram sinergias no sentido de produzir um Livro actual, de fotografias, sobre as ilhas de Cabo Verde.

Este projecto foi promovido no seguimento de um convite efectuado ao Nuno Augusto, pela Fresco Produções, que estava a finalizar a produção do documentário que desenvolveram desde 2007 e que ficou completo no início de 2009.

Aceite o desafio, o Nuno Augusto, visitou as ilhas de Cabo Verde, para recolher todas as fotos necessárias ao projecto.

É um livro que dá importância relevante não só à qualidade da fotografia, mas também à apresentação e à qualidade de impressão.

As fotografias estão legendadas com apontamentos do fotógrafo sobre a sua visão e os sentimentos que as mesmas lhe despertaram. Cada ilha tem um texto de apresentação com uma contextualização histórica, cultural e geográfica.

Este livro é bilingue, Português e Inglês.

O Livro tem 192 páginas, e contém fotografias de todas as ilhas de Cabo Verde sendo o seu formato, 26cm x 26cm, com capa dura.

Os interessados poderão comprar o livro em www.nunoaugusto.com/cabo-verde/

Autor: Nuno Augusto

Ano de Edição:2009

RIMAS NO DESERTO

Rimas no Deserto é uma obra híbrida que procura, através da poesia, captar a atmosfera social do mundo moderno, olhando para várias problemáticas, equacionando determinadas questões, interrogando a vida e a forma como, muitas vezes, certas pessoas têm que remar contra ventos e marés para poderem pôr de pé um projecto de vida. Olha para Cabo Verde, questiona o impacto da falta de pluviosidade na vida das populações e a condição arquipelágica do país, que coloca as pessoas de frente com o mar, que é fonte de dor e de esperança: dor da saudade daqueles que partem e esperança de que possa ser o caminho para uma comunicação fluente com outros mundos. A obra não olha só para o arquipélago, mas para a África, de uma forma geral, captando a forma anímica como as pessoas lutam para vencer, contrariando a força do vento. Daí rimarem no deserto, que é como quem diz, remarem contra as dificuldades.
Rimas no Deserto é uma obra abrangente. Da África, salta para a Europa, fala da magia da Cidade de Coimbra, canta a força das águas do Rio Mondego, o amor e aborda questões existenciais da vida, do lugar que a palavra ocupa para criar os sentidos à volta do ser humano, dos seus sentimentos, do seu mundo e da sua existência. Rimas no Deserto fala do mar, da partida, da saudade, do amor, do silêncio, da noite, do fogo do vulcão, da luz e das trevas, das superstições que povoam o imaginário das pessoas, da sensibilidade da mulher e até de heróis da guerra.

SILVINO LOPES ÉVORA é natural de Chão Bom, Concelho do Tarrafal de Santiago. Depois de dois anos de experiência a dar aulas na Escola Secundária do Tarrafal, viajou para Coimbra para cursar Jornalismo, depois do qual especializou-se em Jornalismo Judiciário. Prepara, neste momento, a sua tese de doutoramento em Ciências da Comunicação na Universidade do Minho, onde, em 2006, concluiu o Mestrado na mesma área com a classificação máxima. A apresentação de ‘Rimas no Deserto’ em Cabo Verde acontece oportunamente.

Autor: Silvino Lopes Évora

Editor: Chiado Editora
Ano de edição: 2009

COLÓNIA MÁRTIR, COLÓNIA MODELO


Cabo Verde no pensamento ultramarino português (1925-1965)

Sem as riquezas “inesgotáveis” de Angola e Moçambique ou a vigorosa produção agrícola das ilhas de S. Tomé e Príncipe, o arquipélago de Cabo Verde ocupou, em todo o caso, um lugar à parte na ideologia ultramarina portuguesa a partir dos anos 30 do século passado. Dir-se-ia que a sua importância não passou tanto pelo valor comercial, mas pela “imagem” de colónia africana mais “civilizada” e até de colónia mais aparentada com a metrópole. Embora já desde o século XIX, o cabo-verdiano gozasse, pelo menos teoricamente, da plena cidadania portuguesa e fosse reconhecido como “assimilado” aos “padrões civilizacionais europeus”, seria preciso esperar pelo desenvolvimento da propaganda estado novista para que tal facto passasse a ser amplamente publicitado. Assim, aos olhos do regime de Salazar, Cabo Verde foi, sobretudo, um paradigma multirracial e multicultural a brandir contra a crescente vaga anticolonialista e descolonizadora dos anos 50 e 60 do século XX.

Autor: Sérgio Neto

Editor: Imprensa da Universidade de Coimbra
Ano de edição: 2009

(fonte: Imprensa da Universidade - Universidade de Coimbra )

CABO VERDE - WEST OF AFRICA


Para além do seu sucesso como fotógrafo de moda internacionalmente reconhecido, o que lhe levou para os diferentes continentes, Joe Würfel descobriu também no fundo inconscientemente - as fortes raízes, as tradições e os ritmos de povos recolhidos de toda a moderna civilização, cuja conservação é de grande importância.
Com artísticas documentações fotográficas de formas e tipos diferentes, como é o caso deste presente livro, Joe Würfel quer contribuir para a consciencialização da Humanidade perante as tradições que devem ser protegidas e conservadas. Através da sua colaboração imaterial e desinteressada ele dá um exemplo de como contribuir para conservar o modo de vida dessas populações no seu ambiente próprio.

Autor: Joe Würfel

UM CABO-VERDIANO PELO MUNDO


Um Cabo-verdiano pelo Mundo, um apanhado de factos e sentimentos vividos pelo autor que, tendo nascido no Paul, Santo Antão, Cabo Verde, chegou à idade da reforma nos seus serviços e vivências através dos tempos, nos Estados Unidos da América. Durante a sua vida ensinou em vários continentes contactando assim com vários povos e culturas procurando sempre dar o seu melhor no s através do ensino como também nas comunidades onde exercia as suas funções. Hoje revive com alegria e também com muita saudade tudo o que encontrou, tudo o que viu, tudo o que fez nunca esquecendo as pessoas que pelo caminho encontrou.

Autor: Salazar Ferro

Editor: Herms Press
Ano de edição: 2009

SODADE DE CABO VERDE


Entrevistas – Comunidade Caboverdeana em Portugal

Você disse que os cabo-verdianos têm uma pátria de 4033 quilómetros quadrados repartidos por 10 ilhas porque ainda não leu Sodade de Cabo Verde, de Gabriel Raimundo. Quando ler, além de gostar, vai concordar com a Marzia Grassi, que pensa que o território do cabo-verdiano é o mundo, mundo que ele leva enrolado debaixo do braço e que estende ao sabor de um abraço e das viagens que faz na própria emigração.
… um livro de vozes e ecos, de sonhos e saudades, de engenho e luta, da incrível capacidade de contornar obstáculos, relançar o jogo, ganhar sem vencer, e estender a mão para chegar mais longe. Ao lê-lo ia ouvindo ecos e vozes de muitas partes do Mundo, vendo milhares de olhares concentrados nas ilhas e adivinhando esse palpitar único do coração que só de querer o bem grande bem faz à Terra-Mãe.
São mulheres e homens de várias idades, de todas as ilhas e mais algumas, advogados, arquitectos, condutoras e condutores de autocarros, deputadas e deputados, desempregados e domésticas, desportistas, dirigentes associativos, empregados de indústria e de serviços, empresários, enfermeiros, engenheiros, escultores, farmacêuticos, gestores, ilusionistas, investigadores, jornalistas, juízes, médicos, músicos, pedreiros, pilotos aviadores, pintores, polícias, professores da educação infantil ao ensino universitário , sacerdotes, todos partilhando o comum sentimento de pertencerem àquela terrinha e a esperança de um dia a ela voltarem.

Corsino Tolentino

Autor: Gabriel Raimundo

Editor: Autor
Ano de edição: 2008

VOZES DO VENTO


Uma saga colonial em Cabo Verde. Um século em busca de identidade.

Eis a história dos descendentes de Manuel António Martins, o Senhor das Ilhas: do seu inevitável devir, do êxito à decadência e ao esquecimento. Metáfora da ficção histórica que foi o império colonial, este é um romance cabo-verdiano e português, um romance dos improváveis encontros que marcam os destinos humanos.

Autora: Maria Isabel Barreno

Editor: Sextante
Ano de edição: 2009

COZINHA DE CABO VERDE


Cozinha de Cabo Verde é um livro que vai satisfazer a curiosidade e o apetite daqueles que já ouviram tantas vezes falar da cachupa, do xerém, da botchada, do friginato, do pirão ou do gigoti. O livro está dividido em rubricas que vão das sopas, aos peixes e marisco, das carnes, às papas e às conservas, das receitas de cuscus às receitas de bolos e doces até às de bebida e chás medicinais. As receitas são servidas com pequenos trechos de obras de autores cabo-verdianos que a nós, portugueses, transmitem um pouco do ambiente original e que aos naturais de Cabo Verde avivam memórias da terra.

Autor: Maria de Lourdes Chantre
Prefácio: António Aurélio Gonçalves

Editor: Editorial Presença; Instituto Caboverdiano do Livro
Colecção: Habitat
Ano de edição: 1989

(fonte: Bibliotecas Municipais de Lisboa - Natália Correia)

CABO VERDE - Notas Atlânticas


Notas Atlânticas

Dois etnólogos selam um pacto com Carlos Moreira, um gravador cabo-verdiano residente em Lião e reconhecido na Europa entre os guardiães de uma arte ameaçada Os primeiros, sempre prontos para encontros inesperados quando lhes propõem um enigma, enviam ao segundo, de cada ilha que visitam, um postal emblemático com a descrição de um episódio que ai viveram, podendo, assim, Carlos Moreira ficar a conhecer ao menos uma característica de cada uma das outras ilhas de Cabo Verde, já que conhece apenas Santiago, a ilha onde nasceu.
Conciliando habilmente narração de viagem e ficção, Jean-Yves Loude empreende em Cabo Verde uma apaixonante descrição das paisagens, das mentalidades, da memória e da cultura do arquipélago, abordando na sua fascinante diversidade todas as nuances da identidade cabo-verdiana.

Autor: Jean-Yves Loude

Editor: Publicações Europa-América

LISBOA NA CIDADE NEGRA


"É e não é um relato de Lisboa. É e não é um Guia de Lisboa. É, isso sim, um texto maravilhoso sobre a cidade que deixa de ser ""Branca"" e passa a ser ""Negra"". Lisboa Cidade Negra mostra-nos a influência de África na nossa capital. De Angola a Moçambique, da Guiné a Cabo Verde passando por São Tomé, Jean-Yves Loude mostra-nos a cidade como a capital europeia que mais sofreu a influência africana. Convida-nos a um passeio pela cidade, mostra-nos recantos desconhecidos. Traça-nos um percurso encantador e misterioso."

JEAN-YVES LOUDE, etnólogo e escritor, calcorreia a capital portuguesa à procura da história oculta da presença da imigração africana. 0 autor retoma contactos africanos de viagens anteriores e desenvolve as suas investigações na Lisboa actual, tornando visíveis as influencias culturais dos cabo-verdianos, angolanos, guineenses, moçambicanos e são-tomenses, e dá voz a esta comunidade tanto tempo silenciosa. Bisbilhotando na história antiga ao sabor de um jogo das escondidas, apresenta-nos ao mesmo tempo uma Lisboa que foi durante séculos a capital europeia mais influenciada por África. Elementos jurídicos, acontecimentos históricos, descrições de quadros ou de esculturas, indícios arquitectónicos juntam ao presente o eco do passado. Em companhia do viajante erudito, que também sabe parar para ex­perimentar gastronomias e músicas, revisitamos Lisboa e descobrimos recantos desconhecidos. Um Livro que é um guia cultural maravilhoso e que coloca em paralelo com a mítica «cidade branca» de Alain Tanner esta «cidade negra» misteriosa e encantatória que e a Lisboa africana.

Autor: Jean-Yves Loude

Editor: Publicações Dom Quixote
Colecção: Temas de hoje
Ano de edição: 2005

CABO VERDE - POR ACASO


Mornas Fotográficas

Ernesto Matos fotografou e Pedro Miranda Albuquerque escreveu. O resultado desta conjunção de olhares e sentimentos sobre o arquipélago de Cabo Verde resultou no livro Cabo Verde Por Acaso – Mornas Fotográficas, que o Instituto Camões acabou de lançar, durante a última edição da Feira do Livro de Lisboa.

Através dos olhares dos autores, é possível encontrar as cores, os ruídos, os sorrisos e as tristezas de um povo desde há muito ligado a Portugal, fustigado pela pobreza, mas com uma tremenda alegria de viver.

Autor: Ernesto Matos e Pedro Miranda Albuquerque

Editor: Instituto Camões
Ano de edição: 2003
Patrocínios: Embaixada de Cabo Verde em Lisboa e TACV

(Para consulta: Bibliotecas Municipais de Lisboa - Palácio Galveia)

CABO VERDE: PARÁGRAFOS DO MEU AFECTO


ECOS de latas pelas fontes da sede crioula, do bico da enxada na desbrava da pedra, das quebradas que deram os vales de cana e grogue, inhames, cebolas, agripes e milho verde, de bocas em graça; da vaga do mar em credos? de costa da terra seca em sementes de suor molhadas, do músculo do pilão, da cachupa e da malagueta do caldo fraterno, dos ralos cabelos da tarefa maternal, da hora lírica e da pausa para o amor.

Autor: Teobaldo Virgínio

DESTINO DE BAI


Antologia de poesia inédita caboverdiana

Esta obra reúne composições inéditas de 32 poetas cabo-verdianos residentes no país e na diáspora. Participaram JOSÉ LUÍS H. ALMADA / CARLOS ARAÚJO / EILEEN BARBOSA / KAKÁ BARBOSA / PAULINO DIAS / G. T. DIDIAL / FILINTO ELÍSIO / ANITA FARIA / TCHALÊ FIGUEIRA / JORGE CARLOS FONSECA / MARGARIDA FONTES / CORSINO FORTES / ADRIANO GOMINHO / LAY LOBO / JOSÉ VICENTE LOPES / CHISSANA MAGALHÃES / VASCO MARTINS / MITO / JORGE MIRANDA / ANTÓNIO DE NÉVADA / OSWALDO OSÓRIO / VALDEMAR PEREIRA / MARIA HELENA SATO / LUIZ SILVA / MÁRIO LÚCIO SOUSA / DANNY SPÍNOLA / PAULA VASCONCELOS / ARMÉNIO VIEIRA / ARTUR VIEIRA / ELISA SCHNEBLE / VERA DUARTE / JOSÉ MARIA NEVES.

Organizada por Francisco Fontes

Editor: Saúde em Português
Ano de edição: 2008

PRÉMIO CAMÕES ATRIBUÍDO AO POETA ARMÉNIO VIEIRA DE CABO VERDE


O júri do Prémio Camões decidiu atribuir o galardão deste ano ao poeta cabo-verdiano Arménio Vieira, disse fonte oficial.

Arménio Vieira disse que, a título pessoal, já esperava "ganhar" mas sublinhou que era ainda cedo para um autor de Cabo Verde ser distinguido. "A título pessoal, eu esperava o prémio. Mas por causa de ser Cabo Verde, admiti que fosse ainda um bocado cedo. É pequeno em relação à imensidão do Brasil, que tem centenas de escritores óptimos. E Portugal também. Seria muito difícil Cabo Verde apanhar o prémio", disse, visivelmente emocionado.

"É uma honra pessoal. Eu é que sou o autor dos livros que ganharam o prémio, porque é atribuído à obra e não à pessoa. Acho que é uma honra para Cabo Verde. É histórico, Cabo Verde nunca tinha ganho. Desta vez lembraram-se do nosso pequeno país", acrescentou Arménio Vieira.

O galardoado manifestou a esperança de que, a partir de agora, a sua obra venha a ser estudada em Cabo Verde e no estrangeiro. "Espero bem que sim, (a sua obra) será mais estudada. Mas ainda não se estuda. Às vezes as pessoas compram livros mas não os lêem", referiu.

Arménio Vieira, o primeiro cabo-verdiano a receber o Prémio Camões, nasceu na cidade da Praia, na Ilha de Santiago, Cabo Verde, em 24 de Janeiro de 1941.

Além de escritor, é jornalista, com colaborações em publicações como o “Boletim de Cabo Verde”, a revista “Vértice”, de Coimbra, “Raízes”, “Ponto & Vírgula”, “Fragmentos” e “Sopinha de Alfabeto”. Arménio Vieira foi redactor no jornal “Voz di Povo”.

O Prémio Camões, criado em 1988 pelos governos português e brasileiro, distingue todos os anos escritores dos países lusófonos.

(fonte: Lusa/PUBLICO)

LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA - MARCOS E MARCAS - CABO VERDE


A Língua Portuguesa é responsável pela integração do povo brasileiro, uma vez que falamos em vários sotaques, mas escrevemos numa só gramática. Compartilham conosco o mesmo idioma Portugal e países da África e da Ásia. A série de cinco livros da coleção “Literaturas de Língua Portuguesa: Marcos e Marcas” foi selecionada em concurso, patrocinada pelo Programa de Ação Cultural (PAC), da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, e publicada em função da parceria entre esta Secretaria, a Editora Arte & Ciência e o IBIM - Instituto Brasileiro de Incentivo ao Mérito. São desenvolvidos estudos sobre as literaturas e a cultura dos países de Língua Portuguesa, e seus autores destacam-se como docentes e pesquisadores, que lideram estudos de Literaturas Comparadas em universidades públicas e privadas, com significativas publicações na área. As organizadoras Maria Aparecida Santilli (USP) e Suely Fadul Villibor Flory (UNIMAR), juntamente com todos os autores responsáveis pela coleção, contribuem com uma obra basilar para capacitar os professores em todos os níveis, em especial os de Ensino Fundamental e Médio. A presente coleção preenche uma lacuna na formação do professor, agora muito mais pungente no Brasil, dada a obrigatoriedade da disciplina “História e Cultura Afro-brasileira” nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio, oficiais e particulares, por força da lei 10.639 de 09. 01. 2003. Temos a certeza de que a parceria entre Secretaria de Estado da Cultura, Editora Arte & Ciência e o IBIM, para concretizar esta publicação, foi extremamente frutífera, visando não só a integração da comunidade de países de Língua Portuguesa mas, principalmente, o desenvolvimento e ampliação dos horizontes da Educação Brasileira. Obras e autores: Angola - Tania Macedo (USP) e Rita Chaves (USP) Brasil - Antonio Manoel dos Santos Silva e Romildo Sant'Anna (UNIMAR) Cabo Verde - Maria Aparecida Santilli (USP) Moçambique - Tania Macêdo(USP) e Vera Maquêa (UNEMAT) Portugal - Benjamin Abdala Junior (USP).

Autora: Maria Aparecida Santilli

Editor: Editora Arte & Ciência
Patrocínio: Programa de Ação Cultural (PAC), da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, Brasil.

(fonte: Arte e Ciência Editora)

ALI BEN TÉNPU DI ALI BABÁ


É um livro de poesia em crioulo que está dividido em duas partes: Ali Ben Ténpu, e Kansons Pa Bó. A primeira parte é satírica e contestatária, retratando uma determinada fase política em Cabo Verde, e a segunda parte é lírica em que a musa cantada é a própria terra amada, transfigurada em mulher.

A linguagem utilizada é bastante metafórica com muitas expressões profundas da língua cabo-verdiana, outras cruas e duras, características de um certo desaforo santiaguense. Um ambiente de precariedade, instabilidade, e mal-estar perpassa por esse poema, pertinente e impertinente, que critica e satiriza de forma mordaz e contundente.
E no outro prato da balança, a lira, a canção, se impõe através de versos suaves e fluidos, carregados de um certo lirismo romântico, e dramático, às vezes.

O título é bastante sugestivo, bastando tão-só ser completado pelo próprio leitor para se chegar ao seu significado subentendido.

Autor: Danny Spínola

Editor: EA
Ano de edição: 2002

(fonte: blog DANNY SPÍNOLA)

UNINE


UNINE é uma menina muito bonita. Tão bonita que o Sol por ela se apaixona, perdidamente.

UNINE é mais um conto que traz à memória a ambivalência e tradições da ilha de Santo Antão. É uma reconstituição livre e desenvolvimento de um mote de conto, perdido no tempo, que agora se recupera. Nele, o belo se eleva para além das suas referências materiais para sublimar outros valores culturais ainda hoje vivos na tradição oral da ilha.

Autor: Leão Lopes

Editor: Embaixada de Portugal em Cabo Verde, Instituto Camões, Centro Cultural Português Praia-Mindelo
Colecção: Livros Infanto-Juvenis
Ano de edição: 1998

TCHUBA NA DESERT


Antologia do conto inédito caboverdiano

Tchuba na Desert, título da obra, é uma colectânea de contos inéditos organizada pelo jornalista Francisco Fontes, que desempenhou funções de delegado em Cabo Verde da Lusa – Agência de Notícias de Portugal, entre 2001 e 2004.

Com a chancela da Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) Associação Saúde em Português, será lançada em Cabo Verde em inícios do próximo mês de Dezembro, e posteriormente em Portugal.

Reúne 26 contos de 18 autores (GERMANO ALMEIDA, CARLOS ARAÚJO, JOAQUIM ARENA, KAKÁ BARBOSA, FÁTIMA BETTENCOURT, JOÃO BRANCO, VERA DUARTE, ONDINA FERREIRA, MANUEL FIGUEIRA, TCHALÊ FIGUEIRA, JOSÉ VICENTE LOPES, LEÃO LOPES, VASCO MARTINS, LE VLAD NOBRE, MARILENE PEREIRA, LUÍSA QUEIRÓS, IVONE RAMOS e MÁRIO LÚCIO SOUSA). Na obra foram ainda inseridos 18 desenhos do pintor Tchalê Figueira, criados propositadamente para Tchuba na Desert.

Ao lançar-se a ideia de organizar uma obra desta natureza pretendeu-se dar uma panorâmica do momento actual da narrativa de ficção caboverdiana, três décadas passadas sobre a independência do país.

Ao invés de evidenciar um definhamento produtivo, que num olhar apressado se tenderia a acolher, dada a diminuta divulgação no exterior de obras e de escritores, Tchuba na Desert confirma um elevado dinamismo criativo por parte de uma geração de autores que a 5 de Julho de 1975, quando se proclamava a independência do país, vivia ainda na meninice, na adolescência ou na verde juventude, e que então da escrita literária ainda pouco uso faria a exaltar a caboverdianidade.
In: VozdiPovo-Online

Organizada por Francisco Fontes
Desenhos de Tchalê Figueira

Editor: Saúde em Português - Associação de Profissionais de Cuidados de Saúde Primários de Língua Portuguesa
Ano de edição: 2006

(fonte: Bibliotecas Municipais de Lisboa - Palácio Galveias)

CONSTRUINDO GERMANO ALMEIDA


A Consciência da Desconstrução

O objectivo deste estudo prende-se com a elaboração de uma síntese de algumas abordagens possíveis à obra do escritor cabo-verdiano Germano Almeida. A ideia que o guia baseia-se na possibilidade de integração de várias áreas teóricas de estudo – da literária à psico-analítica, culminando nas ciências naturais e cognitivas – de molde a alcançar uma nova e holística visão do texto almeidiano em conjunção com o mundo que o rodeia. O espaço literário que enforma o texto almeidiano insere-se antes de mais na ânsia da criação de uma literatura nacional. No entanto, este desejo de uma linguagem que seja espelho narcísico da nação espraia-se bem para além de si, para outros espaços afirmativos onde o contexto social e político se enquadra com humor e ironia. A obra de Germano Almeida denota, portanto, uma preocupação formal específica do Autor. O modo como a obra se estrutura e organiza na sua globalidade é característica fundamental dos textos e será o que vai permitir visionar uma mistura inovadora face ao espaço literário que a precede, e que o próprio Germano Almeida se encarrega de desmistificar, mas, acima de tudo, face ao contexto presente onde a obra se insere.

PAULA GÂNDARA, Doutorada em Estudos Luso-Africanos pela Universidade de Massachusetts, Amherts, EUA, é autora de uma vasta e diversificada obra literária (ensaio, poesia e conto), que se encontra publicada no Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos, e de que se destaca Horas de Língua (poesia), o seu livro mais recente. Professora de Estudos Lusófonos na Universidade de Miami desde 2003, tem dedicado o seu trabalho de investigação à análise das literaturas africanas de expressão portuguesa. Daí este ensaio, resultado da sua tese de Doutoramento.

Autora: Paula Gândara

Editor: Editora Vega
Ano de edição: 2008

(fonte: Nova Vega)

RABIDANTES


Comércio Espontâneo Transnacional em Cabo Verde

Rabidante (porque se mexe) é o agente de um tipo de comércio que a ciência económica trata displicentemente por "informal". E, no entanto, em Cabo Verde, este tipo de actividade constitui um eixo importante dos movimentos económicos e culturais transnacionais que perpassam este país insular de migrantes e que o ligam ao mundo. Formam-se, assim, redes em que os homens, mas sobretudo mulheres, exploram as margens por vezes silenciadas das hegemonias económicas e culturais que integram o nosso mundo globalizado de hoje. Neste inovador estudo, Marzia Grassi abre uma fascinante janela para as vidas destas pessoas tantas vezes esquecidas por quem olha para a economia à distância. Assim, a autora permite-nos compreender melhor o que é Cabo Verde e quais as condições de vida dos cabo-verdianos, mas também como estes participam das redes comerciais globalizadas em que todos estamos inseridos em Lisboa, Amesterdão, Rio de Janeiro e Boston tanto quanto na Cidade da Praia. (João de Pina Cabral).

Autora: Marzia Grassi

Editor: ICS - Imprensa de Ciências Sociais
Colecção: Geral
Ano de edição: 2003

(fonte: ICS - Imprensa de Ciências Sociais)

CANTIGAS DE TRABALHO


Tradições orais de Cabo Verde

Cantigas agrícolas
Cantigas marítimas


Este pequeno trabalho é o resultado de uma proposta que o autor submeteu à Sub-Comissão para a Cultura da Comissão Nacional para as Comemorações do 5º Aniversário da Independência de Cabo Verde, presidida pelo Camarada Primeiro-Ministro, que, de entre as áreas gerais de actividades programadas, à área cultural imprimiu significativo relevo. É nesse âmbito que hoje se publicam estas CANTIGAS DE TRABALHO - 1º volume de uma colecção – “Tradições Orais de Cabo Verde” – que pretende a recuperação do património cultural no domínio das tradições orais, devendo os volumes que se lhe seguirem estudar, ou pelo menos apresentar, outros géneros de literatura oral conservados pela tradição.

Autor: Oswaldo Osório

Editor: Comissão Nacional para as Comemorações do 5º Aniversário da Independência de Cabo Verde – Sub-Comissão para a Cultura
Colecção: Tradições orais de Cabo Verde
Ano de edição: 1980

(fonte: BMOeiras – Algés)

XAGUATE


Romance de uma realidade transformada e de um homem que por ela se vai transformando. Xaguate encerra uma rica simbologia, consubstanciada nas forças da natureza, que brotam dos campos de lava, do rebanho de cabras, do Sol rompendo com vigor e das coxas ardentes de Rosa.

Autor: Teixeira de Sousa

Editor: Publicações Europa-América

(fonte: Publicações Europa-América )

EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO


Este livro apresenta e discute dados que permitem avaliar o nível de concretização do projecto de desenvolvimento do Estado de Cabo Verde nas duas décadas de independência política e a contribuição efectiva da educação ao mesmo, segundo as modalidades e o calendário estabelecidos pelo Estado cabo-verdiano.

Autor: Virgílio Correia

Editor: Edições Colibri
Colecção: Filosofia Social e Política (Extra-colecção)
Ano de edição: 2007

(fonte: Edições Colibri)

A ESTRELINHA TLIM TLIM


"Num certo lugar do Céu mora uma estrela muito bonita, como um candeeirinho que Deus aí pôs para iluminar aquele sítio". Assim começa o livro de Dina Salústio, A Estrelinha Tlim-Tlim, com magnificas ilustrações de Júlio Resende.

Editado pelo Instituto Camões-Centro Cultural Português da Praia, esta obra insere-se na colecção " Livros Infanto-Juvenis", que já publicou obras de LEÃO LOPES, LUÍSA QUEIRÓS, ORLANDA AMARILÍS e FÁTIMA BETTENCOURT.

Autora: Dina Salústio

Editor: Instituto Camões, Centro Cultural Português, Praia-Mindelo
Colecção: Livros Infanto-Juvenis
Ano de edição: 1998

ELAS CONTAM...


O livro “Elas Contam...” reúne 25 contos seleccionados, de 12 mulheres cabo-verdianas, que falam da vivência do arquipélago, sendo que o primeiro é de uma praiense, Maria Adelaide das Neves, do século XIX, extraído do Almanaque Luso – Brasileiro.
DINA SALÚSTIO, LEOPOLDINA BARRETO, MARIA ISABEL BARRENO, FÁTIMA BETTENCOURT, MARIA HELENA SPENCER, ADELAIDE NEVES, MARIA MARGARIDA MASCARENHAS, HAYDEIA AVELINE PIRES, ORLANDA AMARILIS, IVONE RAMOS, são entre outras, as autoras que fazem parte desse projecto iniciado em 2004.
Os contos são todos inéditos e de acordo com a organizadora, algumas das contistas não têm ainda obra publicada.

Autora: Ondina Ferreira (organizadora)

Editor: Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Praia
Ano de edição: 2008

(fonte: IBNL)