ANTÓNIO NUNES nasceu na cidade da Praia, capital da ilha de Santiago, Cabo Verde, a 9.12.1917 (e faleceu em Lisboa, a 14.5.1951, vítima de uma menigo-encefalite). Fixou-se em Lisboa, por volta de 1940, e nesta cidade conviveu assiduamente com o grupo neo-realista de que fazia parte o seu patrício Teixeira de Sousa, que relata este facto circunstanciadamente, em testemunho, que se publica nesta obra.
A sua estreia literária faz-se, em Cabo Verde, primeiro na imprensa, depois com o livrode poemas Devaneios, publicado em 1939, ao sabor ainda da estética anterior à Claridade. É aqui, em Lisboa, ao contacto com a nova geração neo-realista, que António Nunes se liberta dos cânones poéticos anteriores e envereda pela construção de um discurso poético social e autenticamente caboverdiano.
É possível encontrar colaboração dele, entre outras, nas publicações caboverdianas: Certeza e Cabo Verde; na revista moçambique Paralelo 20; e na imprensa portuguesa, tais como: Vértice, Seara Nova, Horizonte, no nº 1 de Contos e poemas (1942), na Homenagem poética a Gomes Leal, organizada por João José Cochofel e Armindo Rodrigues; e ainda na revista Mensagem, da Casa dos Estudantes do Império.
Apesar de ter falecido com apenas 33 anos de idade, o que o impossibilitou de construir uma obra à medida do seu real talento, mesmo assim deixou um espólio poético, com mais de uma centena de poemas, que proximamente serão objecto de um novo volume integrado nesta colecção.
Autor: António Nunes
Prefácio: Jaime de Figueiredo
Testemunho: H. Teixeira de Sousa
Editor: Instituto Caboverdiano do Livro
Ano de edição: 1988
1 comentário:
NAO EXISTEM POEMAS DE NTONIO NUNES? NAO ENCONTROO
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