INFINITO DELÍRIO


Infinito Delírio está dividido em seis livros ou cadernos, e cada com um desses livros está dividido por sua vez em doze partes que é, simbolicamente, a medida de ouro, do Cosmos e da perfeição. O livro representa assim o universo e a sua complexidade, as manifestações cósmicas, o renascimento das coisas e a perspectiva do devir e de um certo paraíso geométrico (isto, na linha de alguns teóricos sobre a potência numérica). Os seis livros já estão em sintonia com o princípio dos antagonismos e do destino místicos; fonte de coisas temporais e intelectuais, da questão do bem e do mal, e, potencialmente, também, de uma tendência expansiva e perfeccionista.

Apesar da unicidade de estilo, no todo da obra, cada livro que a constitui possui a sua particularidade em termos formais, de linguagem e do modo de enunciação, para além dos aspectos temáticos e da essência dos conteúdos. Essencialmente imagético e metafórico, o livro possibilita uma multiplicidade de leitura, com algumas passagens próximas de um hermetismo redondo. Indo de questões ontológicas a questões metafísicas e existenciais, os poemas ressumam a indagações filosóficas e místicas. O mistério das coisas e dos desígnios é abordado de diversos ângulos.

É um livro prenhe de simbolismo que percorre a interioridade do homem, da vida, do mundo e do Cosmos; em busca do infinito?! Ou simplesmente dele se aproximando e convivendo?!
Em sintonia com as modernidades contemporâneas, Infinito Delírio é uma obra que atinge os sentimentos dos leitores de uma forma impulsiva e profunda pelo estetecismo dos versos e pela plasticidade das palavras e que exige, contudo, uma leitura atenta ponderada e analítica para se poder colher todo o seu manancial proverbial, profético, messiânico e sugestivo, devido ao seu discurso tecido de um jogo entre a luz e a sombra, o claro e o escuro, o revelado e o oculto.
É um livro para os sentidos, para ser apercebido e absorvido, pelo idealismo e musicalidade da sua escrita e pela sublimidade e fantasia do seu enunciado, às vezes idílico e lírico, às vezes etéreo, às vezes irreverente, às vezes pertinente, às vezes necessário, às vezes chã e exacta.

Autor: Danny Spínola

Editor: IBN
Ano de edição: 2002

Sem comentários: