Uma Leitura Antropológica
Sérgio Frusoni é um dos poucos grandes caboverdianos que ainda não foi objecto de um estudo específico, embora bem o mereça, por vários motivos, entre os quais ter escrito sempre em “crioulo”, língua que dominou com maestria. De Frusoni existem somente referências em antologias, mas nunca alguém se abalançou a debruçar-se sobre a sua poética que, quanto a mim, constitui um “caso” verdadeiramente extraordinário, no contexto da produção poético-literária do Arquipélago. Não porque tenha, realmente, manejado o “crioulo” de S. Vicente como mais ninguém o fez, mas porque a sua produção se situa, verdadeiramente, em todos os quadrantes da poesia: lírica, romântica, de intervenção crítica, sarcástica, realista, narrativa, etc. e, o que é mais interessante, é um poeta que reflecte, pensa e critica a sua terra e a sua sociedade, através de retratos que faz de situações, factos e eventos.
Autor: Mesquitela Lima
Editor: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa; Instituto Caboverdiano do Livro e do Disco
Ano de edição: 1992
(fonte: Bibliotecas Municipais de Lisboa – Penha de França)
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